já não há como subir no ônibus sem estar em estado de alerta
se antes eu já saia de casa vestida pra guerra, agora... saio pra vida real 2017.
sem muitas palavras. já foram tantas, tanto vômito e tanto choro, que o corpo cansa.
mas antes despencado, agora marcado pela resistência
é tudo um processo, né. As fases de um trauma. Que grande trauma é a vida... Uma grande escola por onde todo mundo se pá deve passar... Saímos daqui pronto pra qualquer coisa, qualquer parada.
Parece que toda essa novela foi pra eu sossegar. Acalmar. Sossegue, Calmila... O amor é isso. Hoje amanhã talvez ninguém sabe. O planeta tá nessa onda e agora você já sabe nadar. Acha. Crê que sim. Tudo é uma questão de crença. Sabido é aquele que crê e suaviza. Tantos caminhos de percorrer, de escolher. É só fazer. A escolha. Não há erro. No fim o caminho é um e já tá trilhado? Sabido ninguém é. Seguimos suaves, sendo amor.
Ame os seus: universo.

E cá estamos, de volta ao blog
Em frente à vida
há vida.
Com fé eu vou.
<3

acho lindo. acho mesmo. acho digno, no fim. superar as coisas a ponto de poder tocá-las novamente. e isso sem dor, sem arrepio, sem morte.
eu tinha "morrer de amor" como o ápice do prazer. morria e matava todos os dias até você chegar. até você chegar e me mostrar que digno mesmo é viver de amor. por amor, para o amor. para o meu amor, que é você.
desde que você chegou eu não precisei de remédio pra sair da cama. eu tenho o seu cheiro engraçado, tenho o céu que você manda pintar para mim todos os dias. eu tenho jasmim no meu cabelo e um mar azul e calmo dentro dos meus olhos.
tenho para mim que a capacidade de tocar aqueles sentimentos sem que eles me causem efeito significa única e exclusivamente que eu superei. que hoje tenho aquilo apenas como uma coisa muito boa ou muito ruim que vivi. ou simplesmente como algo que vivi e fim. espero sinceramente que um dia você o veja dessa maneira. que a veja dessa maneira.
eu te amo doce e agressivamente. e você vê graça. você acha bonito. você se importa. você é capaz de amar todos os meus lados e fases. você sabe lidar.
você é, quando necessário, um pano úmido em cima do fogo... só você controla.
e você tem que entender, meu bem, que quem sabe mais que a faculdade, quem sabe mais que as viagens ou mais que um show do Camelo... o meu mais lindo desejo é te esperar a noitinha enquanto admiro o céu que você mandou pintar pra mim vestindo apenas a tua camiseta dos Los Hermanos, com a louça limpa e a cama ainda bagunçada pelos teus múltiplos da noite passada. é te esperar com as plantas regadas, com o meus cachinhos já doendo de saudade e com os meus pés e coração dançando de ansiedade.
eu te amo, menina. eu te amo. te amo, te amo, te amo. escreveria em todos os muros, gritaria em todas as avenidas e dançaria em todas as praças.
e mais uma vez "eu afundaria todos os navios nesta noite, Lavínia. Incendiara o porto. Só para ver o brilho das chamas refletindo nos seus olhos escuros."

e todos os seus gestos eram puros. sem pretensão alguma de sedução ou encantamento. o obtinham por puro talento. minha única certeza na vida: ela é inteira de encantamentos. ela é inteira de abismos. 

me tenho leve taquicardia por cada dente exposto nas curvas daquele sorriso. e enquanto eu sofro pequenas mortes por seu corpo, a moça passa tranquilamente a mão pelos cachos volumosos, sem nem imaginar que o mundo inteiro está em pausa para admirar o ato. passa madrugadas inteiras dançando na companhia de um vestido florido que me permitia, às vezes, de relance, topar com algo além de suas pernas. mais mortes. 

e eu sinceramente não sei classificar a sensação que tenho quando seu cheiro invade meu quarto de repente. tem acontecido muito. tenho pensado em trocar o incenso. e largar a maconha. quem sabe eu me mude pra sp. fugir do seu ar puro. 

e com todo esse tempo e distância eu seria capaz de ter orgasmos apenas por sentir a vibração das suas baquetas. e de te olhar, então… múltiplos. e depois, caso você mostrasse os dentes. sorrisse. iluminasse. acho que desfaleceria antes mesmo de bater uma foto. seria líquido. 

e eu tenho, aparentemente, você tatuado na minha testa. é o que todos dizem. até a menina do dia anterior. até a minha mãe.

o meu silêncio grita a falta que você faz. 

cheguei a pensar que as costelas hoje evidenciadas são de sentir falta dos seus dedos ali aqui (me quebrando de carinho ou saudade) aí.

ainda que não te cause efeito, queria te fazer sentir. que

vi uma coisa muito bonita e lembrei de como a gente embaça a vista quando chega muito perto um do outro. achei a coisa mais linda do mundo e morri mais uma vez de carinho e saudade de embaçar meu coração com o seu. 

contraí todos os dedos do pé de uma vez só. 

todos os seus beijos, todos os seus olhares. 

TODOS OS SEUS DENTES. 

todos os seus sussurros e todos os seus arrepios. 

todas as minhas coisas preferidas em você. 

você inteiro em mim, desabando. chorei, chorei, chorei por dentro. chorei até enrugar e parecer que o coração tá velhinho, sabe?

meus ossos se quebraram de partida sem que eu tivesse seus dedos por entre as frestas. 

eu tô partindo de força. deixando o ano acabar, deixando seu rio fluir. 

derreti igual papel nas suas águas. parecem cometas essas minhas lágrimas que enchem seu rio. 

mas eu tive. virando as costas pras suas águas seguirem.